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Este Blog retrata a difícil convivência com alguém que optou pelo caminho errado em busca do prazer da droga. Sofri sentindo os efeitos de uma doença tão perigosa quanto à dependência química: a Co-Dependência. Passei por muitos sofrimentos e vitórias. Por experiência própria vivida, sei exatamente quais os traços de comportamento, sinais da abstinência, como identificar um adicto por ter convivido tão de perto com este problema . Espero com isso poder levar ajuda a muita gente, transmitindo mais e mais informações sobre este assunto que em minha opinião é tão pouco divulgado.

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"Saiba reconhecer alguns sinais do uso de drogas" - Rádio Estadão AM1290 - com Fabíola Pece

segunda-feira

MECANISMOS DE DEFESA



Descrevo abaixo algumas características comuns usadas como "mecanismos de defesa" comumente usadas pelos adictos:




 ISOLAMENTO SOCIAL – Tendência a voltar-se para si mesmo, evitando todo tipo de confronto da realidade, é uma forma de fuga dos próprios sentimentos. Exprime-se como falta de iniciativa, incerteza sobre o seu próprio desempenho, falta de planificação, dedicação às coisas de rotina para fugir do novo EU de mudanças.

AGRESSIVIDADE – Trata-se de curto-circuito entre o estímulo e a ação. São ações impulsivas, as cabeçadas, os atos auto-destrutivos, as rebeliões provocativas, os desatinos obstinados. Podendo ser vista por dois ângulos:
1.      Com esse ato, a pessoa inconscientemente procura remover de si, toda consideração da realidade, sem planificação, ou seja, sem pensar “no que devo” ou “no que quero” fazer.
2.      É o modo de admitir a própria dependência, e em um nível mais profundo, “é o medo da perda do EU”, do papel que está vivendo.

PREPOTÊNCIA – É um pedido disfarçado. Um tipo de agressividade que traz embutindo uma tensão a ser descarregada devido à presença de uma mensagem, mas que é por ele mesmo recusada. Essa mensagem pode ser vista como um pedido de ajuda nas áreas de afeto, saúde física e mental, profissional, desejos e de relacionamentos.

DESAFIO – É uma reação de alguém que se sente ameaçado por alguma coisa ou pessoa, para assumir imaginariamente a sua qualidade, no caso, o desafio. Sentindo-se um desafiador, reduz ou elimina o medo de continuar vivendo o seu papel, ou seja, de ver os seus supostos direitos agredidos.

IMPULSIVIDADE – Consiste em assimilar transitoriamente uma pessoa real ou representar um papel da mesma, havendo uma identificação com ela a ponto de experimentar como feito à si, o que de fato é feito à essa pessoa. Este é um evidente comprometimento para a personalidade.

INTOLERÂNCIA – É um comportamento de demonstra claramente a intransigência, que pode retratar uma austeridade de caráter contrário aos princípios de liberdade. É uma recusa à convivência com credos e a prática de costumes diferentes de seus próprios, esta rejeição tem uma ligação direta às coisas que não posso modificar.

PROJEÇÃO – É um comportamento contra os perigos que vem de fora, mas se o perigo vem de dentro, sua própria energia é colocada em crise; projetando, o perigo é transferido ou exteriorizado, sendo dessa forma “eliminado”. Pode ser vista de duas maneiras:
1.      Transferindo o mal estar pelo qual está passando, para o outro. Ex.: “Não sou eu que estou nervoso, é você que não está bem”.
2.      Atribui aos outros, os motivos que explicariam as próprias perturbações. Ex.: “Eu estou nervoso, mas foi você quem me fez ficar nervoso”.

NEGAÇÃO – Consiste em criar bloqueios de certas percepções de mundo externo, ou seja, inconscientemente nega situações intoleráveis de uma realidade externa, para proteger-se de um sofrimento. Assim, a criança fecha os olhos e acredita que não é vista pelos outros. O dependente químico num processo de auto-destruição nega a realidade. Da mesma forma que o familiar do dependente nega o seu envolvimento, ou mesmo, a sua auto-anulação.

FIXAÇÃO – É um mecanismo de defesa que protege a pessoa do medo da destruição pelo confronto pessoal com as dificuldades de sua situação real, o que ao mesmo tempo, lhe impede de crescer e de amadurecer. Um eterno vir-a-ser. Um eterno anular-se, não buscando atingir metas criadas, que poderiam ser atingidas.

NEGLIGENCIAR O PRESENTE – Através deste mecanismo, um impulso ou sentimento é inconscientemente deslocado de um objeto ou pessoa original para outro substituto. Através deste comportamento, o indivíduo é protegido do sofrimento que resultaria da consciência da real origem de um problema. Seus efeitos podem vir à tona, mas o motivo original é disfarçado, ou seja, não é reconhecido.
Ex: 1 – O familiar passa a reprimir ou hostilizar os companheiros do seu dependente, como forma de uma transferência de seus impulsos agressivos e os temores originalmente dirigidos aos pais, esposa(o) ou filhos do dependente.

Ex.: 2 – O dependente químico passa a culpar ou hostilizar seus familiares, a empresa, a sociedade como forma de não querer reconhecer que seus impulsos agressivos e seus temores se originaram da maneira abusiva de usar o álcool ou droga.


Um comentário:

Unknown disse...

Muito obrigado pelas informações. Tenho experiência de quase trinta anos com os 12 passos e decidi fazer um curso de formação de terapeutas para poder contribuir ainda mais com a recuperação dos adictos.

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