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Este Blog retrata a difícil convivência com alguém que optou pelo caminho errado em busca do prazer da droga. Sofri sentindo os efeitos de uma doença tão perigosa quanto à dependência química: a Co-Dependência. Passei por muitos sofrimentos e vitórias. Por experiência própria vivida, sei exatamente quais os traços de comportamento, sinais da abstinência, como identificar um adicto por ter convivido tão de perto com este problema . Espero com isso poder levar ajuda a muita gente, transmitindo mais e mais informações sobre este assunto que em minha opinião é tão pouco divulgado.

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"Saiba reconhecer alguns sinais do uso de drogas" - Rádio Estadão AM1290 - com Fabíola Pece

terça-feira

Manipulação na dependência química.


A manipulação e a mentira também são utilizadas na vida de todos nós com intuito de obter algo em troca, a autocomiseração vem em forma de atitudes e argumentos.

Discursos acalorados de um político em defesa da conduta ‘ilibada’. Promotores ávidos no convencimento do júri. Um amante apaixonado. Todos num único propósito: o de convencer, persuadir ou manipular na intenção de atingir o alvo.
Assim como preparar a fundamentação e solidificar um bom argumento, é irresistível não apelar para obter êxito no final, principalmente quando o ganho da causa está mais difícil do que se presume, o tratamento, a recuperação. Significa, portanto, dar-se ao direito de empregar a autopiedade, também denominada de autocomiseração.
Afinal, alguns usufruem do corpo e da beleza; uns do dinheiro; outros da inteligência e astúcia no afã de trazer saldos.
Se o resultado é tudo o que sempre se quis, atire pedras quem já não se passou por ‘pobre coitado’ para ser beneficiado num plano social do governo ou se empenhou para obter aquela bolsa de estudos na faculdade, aquele emprego. Vira e mexe surgem notícias de fraudes nos planos sociais do governo no intuito de obter conveniências, mordomias. Levar vantagens não é apenas a única ferramenta em questão. Além de contribuir para corromper o sistema, a chave está em posar-se de ‘coitadinho’.
Na dependência química um dos grandes mestres no uso deste recurso mágico de ajuda que propõe resultado imediato – autocomiseração – é o dependente químico. Ele precisa ludibriar quem quer que seja para obter seu prazer anestésico: a droga em tempo recorde.
Para tanto, ele mente, dissimula, manipula, comove, faz uso da retórica para justificar a dependência ou disfarçá-la.
Por isso, a autopiedade é seu instrumento inseparável. É como se eles dependessem da ‘manha’ de como manipular o outro. O dependente está fazendo um pedido de vida, não de morte, ele pede socorro.
Na verdade, trata-se de um defeito de caráter, de acordo com o livro dos Doze Passos do NA (Narcóticos Anônimos). Obra esta, utilizada para recuperação do dependente químico, podendo ser adequada a cada dependência a ser trabalhada. Um de seus escopos é ajudar o dependente a resgatar valores individuais e sociais.
Reconhecer falhas e jogos de artimanhas que levam o dependente ao buraco constituem um dos importantes aprendizados praticados em grupo. O foco é manter a dependência química sob controle, já que não se fala em cura para a doença do vício.
Pra encerrar esta séria composta por seis matérias sobre dependência química é bom lembrar que ninguém é doente sozinho, familiares também podem não querer enfrentar a realidade, tratar seus problemas, tornando-se adictos passivos. É aí que entra a autopiedade da família.
Têm mulheres que não sabem lidar com maridos sãos. Elas inconscientemente preferem e só sabem agir com seus maridos ‘drogados’, para que elas mesmas não enxerguem seus defeitos, e os empurram às recaídas. O relacionamento é movido ao problema da dependência química.

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