De acordo com estudos ,no grupo dos adolescentes entre 11 e 14 anos de
idade, as meninas que utilizam álcool e drogas ilícitas e que sofrem de
depressão infantil podem ser mais suscetíveis a pensamentos suicidas.
Foram estudados 1112 indivíduos, nos quais foi aplicado questionário com
perguntas sobre vida sexual, desempenho escolar, religião e uso de crack, cola
de sapateiro, álcool e/ou outras substâncias. Também foi investigada a vontade
de se matar.
Os especialistas revelam que “a princípio, uma primeira análise
encontrou o sexo feminino, consumo de álcool, hábito de ficar embriagado, uso
de tabaco, uso de drogas ilícitas, sintomas indicativos de transtorno de
conduta e altos escores para sintomas depressivos associados com idéias suicidas”.
Eles dizem: “após a análise multivariada, as meninas se mostraram 47% mais
propensas a mencionar idéias suicidas que os rapazes. Adolescentes que usaram
álcool no último mês aumentaram o risco de declarar idéias suicidas em 64%, e
os que declararam uso de drogas ilícitas foram quase três vezes mais propensos
ao quadro que os demais”.
Uma vez que as idéias suicidas e tentativas de suicídio estão associadas
com maiores riscos da consumação do ato, e o fato constatado de estudos que
sugerem a presença de um possível gradiente de severidade, começando com as
idéias suicidas (pensamentos, idéias, planejamento e desejo de se matar), e o
ato de realizar tentativas e finalmente consumar o suicídio, intervenções devem
ser estabelecidas no estágio inicial desse processo. Dados os resultados desse
estudo, estratégias para prevenir comportamentos suicidas em adolescentes
jovens devem alvejar principalmente as meninas sexualmente ativas que
apresentam sintomas indicativos de problemas de saúde mental e uso de
substâncias. De acordo com dados epidemiológicos, países sul-americanos devem
dar tanta atenção às questões de saúde quanto os países desenvolvidos, no que
concerne à prevenção das idéias suicidas nos primeiros estágios da adolescência.
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