Um novo estudo afirma que crianças inteligentes têm mais
propensão a usar drogas ilegais como cocaína, maconha e ecstasy quando
crescerem.
Os cientistas acreditam que isso acontece
como uma forma de evitar o bullying, e também por pensarem que a vida é
entediante. Surpreendentemente, o efeito acontece mais com garotas.
Em comparação com as de inteligência menor,
um QI alto feminino resulta em uma chance duas vezes maior de usar cocaína ou
maconha até os 30 anos. O efeito nos garotos é também notável, com chances 50%
maiores.
Uma equipe da Universidade de Cardiff
analisou quase oito mil pessoas nascidas em uma semana de abril de 1970, que já
participavam de um estudo de acompanhamento durante a vida. Todos os catalogados
tiveram seus QIs testados entre os cinco e dez anos. O uso de drogas foi
reportado pelos próprios participantes, entre os 16 e 30 anos.
Aos 16, 7% dos garotos e 6,3% das garotas
haviam usado maconha. De acordo com o estudo, essa minoria apresentava um QI
maior do que os outros.
Aos 30 anos, 35,4% dos homens e 15,9% das
mulheres haviam usado maconha, enquanto para cocaína os índices foram de 8,6% e
3,6%, respectivamente.
Os autores comentam que “entre a maioria
das drogas (exceto anfetamina nos homens), homens e mulheres que confirmaram o
uso nos últimos 12 meses tinham um QI significativamente maior quando crianças
do que os que não usaram”.
Apesar do estudo não pesquisar o porquê do
uso, não foi encontrada nenhuma evidência de que a classe social dos pais
estivesse relacionada com a escolha futura da pessoa.
Entretanto, os autores comentam que outros
estudos sugerem que “crianças prodígio – com um QI maior do que 130 – relatam
grandes níveis de tédio e de estigmas sofridos, o que poderia aumentar a
vulnerabilidade de usar drogas como forma de se isolar”.
“Apesar de ainda não ser claro o porquê da
relação entre um QI alto e o uso de drogas ilícitas, estudos anteriores mostram
que essas pessoas estão mais abertas a novas experiências e ansiosas por
novidade e estímulo”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário