Admitir problemas com drogas é
o início de um longo caminho de progresso até a recuperação. Chama-se de adicto
aquele que tem dependência química e essa doença só pode ser identificada
quando aceita pela própria pessoa.
Segundo a irmandade de caráter mundial dos
Narcóticos Anônimos (NA), o adicto perde o orgulho, a autoestima e, até mesmo,
o desejo de viver. Esses sentimentos ficam escondidos e por vezes esquecidos
num “inferno” particular que só tende a aumentar e tornar mais profundo. A fé e
a crença em uma força superior muitas vezes se transformam num estepe na busca
incansável pelo controle da dependência. A situação é mais complicada no caso
em que as vítimas das drogas são mulheres por conta da ligação direta com a
prostituição, aumentando ainda os riscos de contaminação por doenças venéreas.
A vontade de consumir droga anula qualquer outra coisa. Normalmente, em casos
em que a família não abandona o adicto, ele é levado para clínicas de
reabilitação ou até para comunidades terapêuticas na expectativa de que
consigam retomar à vida.
Na teoria dos 12 passos, os dependentes químicos são colocados à
prova com a meta de 24 horas sem usar droga. A metodologia usada caracteriza a
recuperação como um dia de cada vez. “O lema é que ‘Só por hoje, não vou usar
drogas’. E, então, espera-se as próximas 24 horas para renovar esse lema”; o
trabalho é realizado com uma equipe multidisciplinar, composta por médicos,
enfermeiros, psicólogos, além dos conselheiros terapêuticos e monitores que são
pessoas que também são adictos em recuperação. “Conhece-se cada dor, cada
angústia”.. É preciso que as pessoas acreditem em uma força maior para retornar
à sanidade “Elas entram na programação, reaprendem a ter responsabilidades como
arrumar o quarto e cozinha e também voltam a ter fé num poder maior para nos
apoiar e viver um dia de cada vez”.
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