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Este Blog retrata a difícil convivência com alguém que optou pelo caminho errado em busca do prazer da droga. Sofri sentindo os efeitos de uma doença tão perigosa quanto à dependência química: a Co-Dependência. Passei por muitos sofrimentos e vitórias. Por experiência própria vivida, sei exatamente quais os traços de comportamento, sinais da abstinência, como identificar um adicto por ter convivido tão de perto com este problema . Espero com isso poder levar ajuda a muita gente, transmitindo mais e mais informações sobre este assunto que em minha opinião é tão pouco divulgado.

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"Saiba reconhecer alguns sinais do uso de drogas" - Rádio Estadão AM1290 - com Fabíola Pece

quarta-feira

A Conduta do adicto em conflito com o núcleo familiar e com a lei penal.


No impenetrável  universo da adicção, os familiares se deparam com um ser humano que lhes é desconhecido, porque agressivo, sofrido,  profundamente solitário e depressivo.
Gira uma enorme confusão  ao seu redor.  Não apenas se autodestrói: como num passe de mágica consegue desestabilizar aqueles que estão mais próximos. Pela dor de seus familiares, passa a ser o centro das atenções. A  expectativa  dos que se dizem não dependentes é a esperança de  “salvá-lo” dessa degradante e destrutiva condição. É uma situação incompreensível  para os parentes e amigos, os quais amam a pessoa que nasceu no mesmo ambiente famíliar, mas não aceitam que o objeto desse amor seja portador da destrutiva doença, que é a dependência química.
O conflito é inevitável: o  adicto apático em relação às atividades da vida cotidiana e isolado no seu sofrido mundo interior; a família exigindo que mude o seu comportamento associal.
Todos adoecem.
Em vários países e também no Brasil  surgem grupos de ajuda tendo por enfoque o adicto que deseje se livrar do vício; eis que somente o doente pode decidir se quer ou não quer  entrar em recuperação. Da mesma forma, surgem grupos destinados aos familiares e amigos, os quais perderam a serenidade em consequência da conduta descontrolada desse ser amado, mas seriamente doente.
Os grupos mais conhecidos e frequentados são os  NARCÓTICOS ANÔNIMOS (NA) e  ALCOÓLICOS ANÔNIMOS (AA) destinados aos dependentes; os Grupos Familiares de NAR-ANON e de AL-ANON é destinado para os demais envolvidos com o viciado da sua convivência.  Esses grupos não estão vinculados a qualquer igreja ou religião.
Entretanto, a  base principal das reuniões é a crença na existência de um Poder Superior que rege o universo, o qual protegerá o viciado e também aliviará a insuportável  dor que é a de conviver diariamente com a adicção ativa.
Essas comunidades acabam por se constituir numa família alternativa onde seus membros compartilham problemas semelhantes; substituem o desespero pela esperança sobre a dificíl recuperação, pois descobrem que não mais estão sozinhos a lidar com o complexo problema das drogas e passam a focalizar sua energia interior para melhorar a própria autoestima.
No Estado de  São Paulo, há centenas de Salas onde ocorrem as reuniões e  estão espalhadas por cidades e bairros. Via de regra, as reuniões ocorrem das 19hs/22hs. Concomitantemente, o adicto poderá frequentar a sua própria Sala de Recuperação (NA ou AA) enquanto os amigos e familiares frequentam as Salas de NAR-ANON ou  AL-ANON. Para facilitar, ambas  se instalam no mesmo local e horário.
Frente ao descontrole e à omissão do poder público, a sociedade se mobiliza!
Outras tantas alternativas  podem ser encontradas para aliviar a dor dos afetados pela drogadição. Dentre essas, poder-se-á optar por clínicas  de internação involuntária, clínicas  de internação voluntária, centros de recuperação, hospitais dia,  palestras e discussões proferidas pelos viciados que venceram a fase crítica da dependência e estão há anos em recuperação ( considerados na gíria  “limpos”) e por profissionais da área da saúde.
Toda ajuda e orientação sobre esse espinhoso tema, é recebida com alívio para aqueles  que estão aflitos e perdidos sem saber como  lidar com essa intrincada problemática!
Entretanto, o problema não é apenas a confusão  geral que se instala na vida do adicto e de seus familiares, quando se descobre que dentre os membros do clã existe alguém afetado pela adicção. Além da confusão mental, às vezes, os mais próximos  do dependente recebem até agressões físicas. Para o doente,  que não percebe a  dimensão do estrago que causa, resta apenas o desejo de  obter algum dinheiro ou  bem que sirva  como objeto de troca para manter o vício. Passará a furtar  e, se necessário, assaltar. Daí, surgirá, inevitavelmente,  o conflito com a norma penal.
E mesmo que não furte ou cometa outro delito mais grave, o simples fato de comprar, trazer consigo, transportar, para uso pessoal, constitui um dos crimes previsto e punido na Lei n.  11.343/2006. Evidentemente, que essa conduta do dependente, caso a substância seja apenas para uso próprio, não será punida com penalidade tão grave quanto é a aplicada àquele que vende, importa, exporta, oferece, tem em depósio, transporta, traz consigo com o fim de praticar atividade comercial. É mais grave o fato de se auferir lucro à custa da doença alheia e da destruição da personalidade de jovens, que se tornaram presas indefesas da ganância dos traficantes.
Para os primeiros (usuários), a pena é a de  prestação de serviços à comunidade,  medida educativa de comparecimento a cursos ou programas de reabilitação e de advertência, pelo juiz , sobre a nocividade de se ingerir tais substâncias. Para o que vende e trafica substância ilícita, mesmo que em quantidade ínfima, a pena é extraordinariamente severa: de 5 anos até 15 anos de reclusão, cominado com o pagamento de multa de 500 até 1.500 dias-multa.
Concluindo:
Lugar do dependente é em tratamento especializado.

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