Um estudo realizado pela Secretaria de Estado da Saúde sobre o perfil de 1,3 mil dependentes em álcool e drogas tratados nos últimos três anos na unidade estadual de álcool e drogas do Hospital Lacan, em São Bernardo do Campo, revelou que 51% deles apresentavam doenças psiquiátricas como depressão, transtorno bipolar e transtorno obsessivo-compulsivo.
Entre os homens, o índice de
pacientes com doenças psíquicas foi de 50,1%. Já entre as pacientes mulheres o
percentual foi mais alto: 56%.
Segundo o coordenador da área de
saúde mental da Secretaria, Sérgio Tamai, o dado demonstra que os pacientes que
sofrem desses transtornos são mais vulneráveis à dependência química.
“Um indivíduo que sofra de
depressão, por exemplo, tem chance mais elevada de tentar buscar drogas
estimulantes ou abusar de bebidas alcoólicas”, afirma o psiquiatra.
Ele explica, ainda, que uma das
poucas formas de se identificar a pré-disposição é investigando o histórico
familiar de doenças psíquicas, o que é extremamente complexo.
“O uso de drogas ou o abuso de
bebidas alcoólicas pode ser entendido praticamente como uma roleta russa porque
o paciente não pode prever exatamente quais serão as consequências”, diz Tamai.
Modelo
terapêutico
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