A doença da adicção (significa
escravidão), é o nome da doença do alcoólico ou dependente de outras drogas e
afeta emocionalmente e fisicamente o adicto.
Além disto, atinge também
dramaticamente as relações com as pessoas que têm envolvimento com o adicto. O
amigo ou o familiar se preocupam tanto com esta pessoa, que são facilmente
envolvidos na loucura de seu comportamento, começam a centrar toda a atenção no
adicto e fazer tentativas de controlar e corrigir a vida dele(a). Esta é a
forma da doença chamada CO-DEPENDÊNCIA.
Neste texto, falaremos
especificamente sobre a co-dependência (pessoas que amam e são afetadas pelo
comportamento do dependente).
Este comportamento, apesar de
bem intencionado, torna-se tão louco quanto o do adicto. Os co-dependentes,
começam a procurar evidências de uso e se concentram nas coisas, pensam no que
podem fazer para conseguir que eles deixem de usar. Comportam-se: jogando as
drogas na privada, destruindo os instrumentos de uso, importunando, brigando,
reclamando, discutindo e negociando - tudo sem resultado. Todo esforço e
raciocínio são dirigido para o que o adicto está fazendo ou deixando de fazer.
Esta é a OBSESSÃO da família. Ver outro ser humano se matar com cocaína, álcool
ou outra droga é doloroso. O adicto gasta altas somas de dinheiro aparentemente
desinteressado sobre suas contas, seu trabalho, sua família, ou a condição de
sua própria saúde. Além disso, a possibilidade de prisão, a violência potencial
dos traficantes de droga e o comportamentos irracionais do adicto (devido à
paranóia deles), atormentam as pessoas que os cercam.
O co-dependente começa a se
preocupar. Arruma tudo: dando desculpas, pagando as contas e dívidas
deles/delas, falando mentiras para encobrir o comportamento do adicto e
tentando reparar relações danificadas. Aí então se preocupa um pouco mais. Esta
é a ANSIEDADE do co-dependente.
Com o tempo, a situação e o
comportamento do adicto os deixa bravos. Ficar constantemente encobrindo-os,
agüentar repetidamente situações embaraçosas, e perceber que o adicto não está
levando a sério suas responsabilidades acaba afetando o co-dependente. Muitos
sentem uma hostilidade constante e raiva contra si próprios. Começam a se sentir
usados e sem amor – e querem reagir por causa da dor e frustração causada pelo
descontrolado abuso de droga do adicto. Às vezes perdem a paciência, fazendo
ameaças vazias, se agarram no passado ou simplesmente permanecem
desesperadamente silenciosos. Esta é a RAIVA do co-dependente.
Às vezes os co-dependentes
fingem que tudo está OK, aceitando promessas do adicto. Queremos acreditar que
o problema foi-se embora cada vez que o abuso de drogas para temporariamente.
Quando todo bom senso diz que há algo definitivamente errado com as ações e
atitudes do adicto, ainda se escondem dos próprios sentimentos e do que nós já
sabemos. Esta é a NEGAÇÃO do co-dependente.
Possivelmente o sentimento mais
devastador que experimentam como resultado de viver com o adicto é o medo de
que não sejam suficientemente inteligentes ou bons para ter resolvido o
problema da pessoa que amam. Se sentem de alguma maneira responsáveis de que
poderia ter sido algo que tenham feito ou que deixaram de fazer. Este é o
sentimento de CULPA do co-dependente.
Ao alcançar um ponto de
desespero emocional, vão ao grupo de mútua-ajuda inicialmente buscando ajuda
para o adicto. Querem alguém que tenha a solução e contem como resolver este
problema, porque sabem que já não podem lidar com isto sozinhos. Sentem-se
aprisionados por responsabilidades, desamparados e sozinhos. Ao mesmo tempo,
alguns se sentem cheio de razões e arrogantes.
No grupo de apoio, então, se
dão conta dos problemas e aprendem que esta maneira de raciocinar tem que mudar
para começar a achar soluções. No Grupo de Apoio, os co-dependentes aprendem a
lidar com a obsessão, ansiedade, raiva, negação e sentimento de culpa. É
através do companheirismo que se ameniza o desespero emocional, compartilhando
sua experiência, força e esperança com os outros co-dependentes. Trabalhando os
Doze Passos da recuperação, podem mudar suas atitudes, aprender sobre suas
responsabilidade para consigo mesmo, e descobrir sentimentos de
auto-valorização, amor e crescem. O enfoque começa a mudar do adicto e se torna
dirigido para sua própria vida.
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