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Este Blog retrata a difícil convivência com alguém que optou pelo caminho errado em busca do prazer da droga. Sofri sentindo os efeitos de uma doença tão perigosa quanto à dependência química: a Co-Dependência. Passei por muitos sofrimentos e vitórias. Por experiência própria vivida, sei exatamente quais os traços de comportamento, sinais da abstinência, como identificar um adicto por ter convivido tão de perto com este problema . Espero com isso poder levar ajuda a muita gente, transmitindo mais e mais informações sobre este assunto que em minha opinião é tão pouco divulgado.

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"Saiba reconhecer alguns sinais do uso de drogas" - Rádio Estadão AM1290 - com Fabíola Pece

terça-feira

Adicto e as pessoas que o cercam


A doença da adicção (significa escravidão), é o nome da doença do alcoólico ou dependente de outras drogas e afeta emocionalmente e fisicamente o adicto.
Além disto, atinge também dramaticamente as relações com as pessoas que têm envolvimento com o adicto. O amigo ou o familiar se preocupam tanto com esta pessoa, que são facilmente envolvidos na loucura de seu comportamento, começam a centrar toda a atenção no adicto e fazer tentativas de controlar e corrigir a vida dele(a). Esta é a forma da doença chamada CO-DEPENDÊNCIA.
Neste texto, falaremos especificamente sobre a co-dependência (pessoas que amam e são afetadas pelo comportamento do dependente).
Este comportamento, apesar de bem intencionado, torna-se tão louco quanto o do adicto. Os co-dependentes, começam a procurar evidências de uso e se concentram nas coisas, pensam no que podem fazer para conseguir que eles deixem de usar. Comportam-se: jogando as drogas na privada, destruindo os instrumentos de uso, importunando, brigando, reclamando, discutindo e negociando - tudo sem resultado. Todo esforço e raciocínio são dirigido para o que o adicto está fazendo ou deixando de fazer. Esta é a OBSESSÃO da família. Ver outro ser humano se matar com cocaína, álcool ou outra droga é doloroso. O adicto gasta altas somas de dinheiro aparentemente desinteressado sobre suas contas, seu trabalho, sua família, ou a condição de sua própria saúde. Além disso, a possibilidade de prisão, a violência potencial dos traficantes de droga e o comportamentos irracionais do adicto (devido à paranóia deles), atormentam as pessoas que os cercam.
O co-dependente começa a se preocupar. Arruma tudo: dando desculpas, pagando as contas e dívidas deles/delas, falando mentiras para encobrir o comportamento do adicto e tentando reparar relações danificadas. Aí então se preocupa um pouco mais. Esta é a ANSIEDADE do co-dependente.
Com o tempo, a situação e o comportamento do adicto os deixa bravos. Ficar constantemente encobrindo-os, agüentar repetidamente situações embaraçosas, e perceber que o adicto não está levando a sério suas responsabilidades acaba afetando o co-dependente. Muitos sentem uma hostilidade constante e raiva contra si próprios. Começam a se sentir usados e sem amor – e querem reagir por causa da dor e frustração causada pelo descontrolado abuso de droga do adicto. Às vezes perdem a paciência, fazendo ameaças vazias, se agarram no passado ou simplesmente permanecem desesperadamente silenciosos. Esta é a RAIVA do co-dependente.
Às vezes os co-dependentes fingem que tudo está OK, aceitando promessas do adicto. Queremos acreditar que o problema foi-se embora cada vez que o abuso de drogas para temporariamente. Quando todo bom senso diz que há algo definitivamente errado com as ações e atitudes do adicto, ainda se escondem dos próprios sentimentos e do que nós já sabemos. Esta é a NEGAÇÃO do co-dependente.
Possivelmente o sentimento mais devastador que experimentam como resultado de viver com o adicto é o medo de que não sejam suficientemente inteligentes ou bons para ter resolvido o problema da pessoa que amam. Se sentem de alguma maneira responsáveis de que poderia ter sido algo que tenham feito ou que deixaram de fazer. Este é o sentimento de CULPA do co-dependente.
Ao alcançar um ponto de desespero emocional, vão ao grupo de mútua-ajuda inicialmente buscando ajuda para o adicto. Querem alguém que tenha a solução e contem como resolver este problema, porque sabem que já não podem lidar com isto sozinhos. Sentem-se aprisionados por responsabilidades, desamparados e sozinhos. Ao mesmo tempo, alguns se sentem cheio de razões e arrogantes.
No grupo de apoio, então, se dão conta dos problemas e aprendem que esta maneira de raciocinar tem que mudar para começar a achar soluções. No Grupo de Apoio, os co-dependentes aprendem a lidar com a obsessão, ansiedade, raiva, negação e sentimento de culpa. É através do companheirismo que se ameniza o desespero emocional, compartilhando sua experiência, força e esperança com os outros co-dependentes. Trabalhando os Doze Passos da recuperação, podem mudar suas atitudes, aprender sobre suas responsabilidade para consigo mesmo, e descobrir sentimentos de auto-valorização, amor e crescem. O enfoque começa a mudar do adicto e se torna dirigido para sua própria vida.

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