Quando falamos em dependência química podemos perceber que há diversas
situações que embora sejam graves e que a pessoa precise de tratamento
intensivo, o comportamento do adicto acaba sendo o fator que levará as atitudes
familiares.
Há dependentes que precisam de
tratamento, no entanto, a família protela, pois eles embora estejam
comprometidos organicamente e psicologicamente seu consumo mantem-se camuflado,
isto é, fazem uso em suas casas, não criando transtornos sociais. É comum até
nos surpreendermos quando ficamos sabendo que tal pessoa tem problemas com
dependência. Enfim, embora muitas vezes são dependentes em alto estagio da
doença este uso abusivo fica restrito à família.
Já há
certos dependentes que embora tenha conseqüências de ordem biológica, psíquica
e social seus comportamentos, atitudes são de passividade. É comum vermos este
tipo de comportamento em alcoólatras. Quantos alcoólatras que depois de estarem
embriagados vão dormir, não apresentam agressividade, choram... E comum a
família aceitar “naturalmente” a dependência e tendo até dificuldade em
interná-los por ficarem com um sentimento de dó. Nestes casos estes dependentes
fazem mal para si próprios e para a família, pois, se partirmos do principio
que existe um vinculo profundo de afetividade e um sentimento de dó
naturalmente pessoas com este tipo comportamento obstrui a família agir de
maneira racional na condução para um tratamento.
No entanto, há outras situações de
dependência completamente diferente; as conseqüências além de biológica,
psicológica e social atingem os familiares pela degradação da pessoa que se
torna dependente; pelo comportamento agressivo; pela exposição da família perante
a sociedade. Enfim, conseqüências que levam a família procurar ajuda por se ver
sem saídas.
Certamente, a complexidade numa
busca de tratamento está relacionada a subjetividade de cada pessoa que se
encontra dependente, bem como o comportamento apresentado por ele. Ainda é
preciso levar em conta todo o preconceito social existente sobre este assunto
levando o familiar esconder o problema desde que a pessoa doente tenha um
comportamento que não a exponha à sociedade.
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