Enquanto
novas informações, inclusive sobre
o consumo de
crack, não são divulgadas, a subcomissão do Senado tem à disposição os dados de
2001 e 2005 das duas primeiras edições do Levantamento Domiciliar sobre o Uso
de Drogas Psicotrópicas no Brasil, realizadas pelo Cebrid com cerca de
8 mil pessoas de 12 a 65 anos de idade.
No período entre as duas pesquisas, o percentual dos que já haviam
experimentado crack passou de 0,4% para 0,7%. Isso evidencia o aumento do
consumo de crack.
A tendência de aumento, visto na
expansão do consumo de crack, aliás, foi registrada para praticamente todos os
tipos de drogas, especialmente as de maior consumo, grupo em que
estão álcool, tabaco, maconha e cocaína.
A
região Sul do Brasil tem a maior quantidade relativa de usuários: 1,1% das
pessoas entrevistadas na região relatam já ter tido experiência com o crack.
As
pesquisas também apontam o percentual de usuários de merla. Enquanto a média do
Brasil foi de 0,2% nas duas pesquisas, a região do Brasil que mais se destaca é
a Norte (0,8%), seguida pelo Centro-Oeste.
No
que diz respeito a gênero, os homens estão na frente no consumo de crack . Se a
média do Brasil no levantamento de 2001 foi de 0,4%, os homens tinham 0,7% de
prevalência, enquanto as mulheres, 0,2%. Em 2005, enquanto o percentual de
mulheres que fazem o consumo de crack permaneceu estável, o de homens foi a
1,5%, elevando a média do Brasil para 0,7%.
Finalmente, os estudos mostram que 72%
dos que já usaram o crack se concentram na faixa etária entre
18 e 34 anos de idade. Entre 25 e 35 anos de idade, 1,6% dos entrevistados
registraram já ter tido pelo menos uma experiência com a droga, contabilizando
39% dos que já haviam feito o consumo de crack pelo menos uma vez na vida.
O mais preocupante, porém, é o consumo
de crack no Brasil por usuários a partir de 12 anos de idade. Na faixa até os 17 anos
estão 17% dos que já tinham experimentado a droga.
Nenhum comentário:
Postar um comentário