Em se
tratando de drogas, estou levando em consideração tanto as ilícitas como também
drogas simpatomiméticas (que não requerem prescrição médica), os
antiinflamatórios não-hormonais, os esteróides sexuais (contidos nos
contraceptivos), as terapias imunossupressoras, os agentes anestésicos,
antidepressivos, entre outras. Neste caso, a hipertensão induzida por drogas
deve receber atenção especial, pois a população está envelhecendo, e isso significa
que mais medicamentos estão sendo utilizados para o tratamento de diversas
doenças adquiridas com a idade .
·
Cocaína: seu uso não é uma causa comum de hipertensão
crônica. A maior parte dos usuários permanecem normotensos, mas a administração
crônica desta droga pode levar normotensos a um quadro de hipertensão aguda
além de poder agravar quadros de hipertensão arterial previamente
diagnosticados. A cocaína pode associar-se à hipertensão persistente
relacionada à insuficiência renal e rápida progressão para doença renal
terminal. Crises adrenégicas podem levar a um quadro de hipertensão,
taquicardia, hipertemia, etc. É importante ressaltar que a droga, por
apresenta-se como um poderoso vasoconstritor, pode levar um estreitamento das
artérias intra-renais (justificando as crises renais) e é por esta razão que a
droga pode também ocasionar arritmias, mortes súbitas, acidente vascular
cerebral e infarto agudo do miocárdio.
Agudamente a cocaína aumenta a
liberação e diminui a captação neuronal da norepinefrina provocando desta forma
o aumento na freqüência cardíaca e na pressão arterial. Esta estimulação
simpática aguda ocorre em até 120 minutos após o uso. Este quadro é acompanhado
por dor precordial do tipo isquêmico, infarto do miocárdio e morte súbita
decorrente da vasoconstrição coronariana.
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Maconha (Cannabis
sativa):
O efeito da maconha sobre a pressão arterial se reflete por um aumento da pressão arterial sitólica e da frequência cardíaca. Além disso, o uso da maconha pode também aumentar, assim como no estresse, a demando por oxigênio, podendo complicar assim casos preexistentes de hipertensão, doenças cerebrovascular e aterosclerose coronariana
O efeito da maconha sobre a pressão arterial se reflete por um aumento da pressão arterial sitólica e da frequência cardíaca. Além disso, o uso da maconha pode também aumentar, assim como no estresse, a demando por oxigênio, podendo complicar assim casos preexistentes de hipertensão, doenças cerebrovascular e aterosclerose coronariana
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Anfetaminas e
derivados (MDMA): Seu uso por via oral mimetiza
as ações da cocaína. O aumento súbito da pressão arterial é ocasionado pela
estimulação simpática e a crise hipertensiva pode se associar a acidente
vascular cerebral, vasculite cerebral e aneurisma dissecante da aorta. A administração
de MDMA pode provocar elevações pressóricas tão alarmantes que existem relatos
de mortes na faixa de 40%, mesmo com os tratamentos em unidade de terapia
intensiva. Em relação ao tratamento farmacológico da hipertensão causada pelo
uso de anfetaminas é o mesmo que para a cocaína, incluindo o uso de
nitroglicerina, fentolamina, verapamil, nitroprussiato, clonidina e labetalol.
·
Álcool: Seus efeitos cardiovasculares dependem do
duração e da quantidade de álcool consumida além do tempo desde a última dose e
fatores étnicos. Baixas concentrações de etanol já causam aumento do fluxo
sanguíneo coronariano, volume sistólico em condições anormais e débito
cardíaco. A justificativa para os efeitos da ingestão de ácool nos níveis de
pressão arterial ainda não são totalmente conhecidos, contudo, podemos citar a
estimulação do sistema nervoso simpático, o aumento da secreção de glicocorticóides,
aumento na captação celular dos íons de cálcio livres o que leva ao aumento da
resistência periférica.
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