Entende-se por overdose
uma situação em que o consumo da substância é superior ao que o organismo
suporta, produzindo conseqüências graves que requerem cuidados médicos e não
raro podem levar à morte.
O corpo humano tem um
limite na sua capacidade de metabolizar (eliminar) a droga ingerida, e quando
ela é consumida em quantidade e velocidade superior à possibilidade de
metabolização, a droga se acumula no organismo podendo provocar depressão do
sistema nervoso central, com conseqüente parada respiratória e/ou cardíaca.
É difícil dizer qual é a
dose "segura" de ingestão de substâncias, pois as pessoas têm
diferentes níveis de tolerância, mas algumas drogas têm maior potencial de
provocar overdose do que outras.
O risco de overdose por
heroína ou cocaína é extremamente alto, uma vez que estas drogas provocam
alterações profundas no sistema nervoso central, podendo levar à morte por
depressão respiratória (heroína) ou ataque cardíaco (cocaína e crack).
O álcool embora, em
comparação com estas duas substâncias, apresente menor possibilidade de
provocar overdose, quando consumido em doses elevadas pode provocar o coma
alcoólico que é fatal quando a pessoa não é atendida a tempo. Este risco
aumenta consideravelmente quando o uso de álcool é associado a outras drogas,
principalmente tranqüilizantes. Em certas situações o indivíduo não chega ao
coma alcoólico porque vomita antes ou é impedido de aumentar as doses porque
adormece.
O perigo de overdose pela
maconha é muito baixo, embora o seu consumo excessivo possa provocar a
persistência de distorções da percepção. Já com relação ao tabaco, o risco é praticamente
nulo, considerando sua forma de absorção (fumado), mas a ingestão oral de um
maço de cigarros poderia ser fatal.
Finalmente é importante
lembrar que determinadas drogas têm a possibilidade de provocar intoxicações
acidentais e a própria morte, mesmo sem que a pessoa tenha, intencionalmente,
consumido doses muito elevadas. É o caso dos barbitúricos, da codeína, da
morfina e de inalantes.
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