Depressão e bipolaridade estão
frequentemente associadas ao vício de álcool e drogas.
Um estudo com 1,3 mil pacientes tratados nos
últimos três anos em São Bernardo do Campo, revelou que cerca de 50% dos
pacientes com alguma dependência química têm doenças psíquicas associadas. O
resultado aponta não só para a necessidade de melhoria da assistência para esses
pacientes como para a importância da compreensão da família de que o tempo de
internação pode ser mais longo do que o previsto.
Pessoas
com transtornos mentais apresentam um risco maior de desenvolver uma
dependência de droga. É o caso de quem sofre com distúrbio de ansiedade
e consome bebidas alcoólicas para relaxar, a bebida piora o quadro da doença e
cria um círculo vicioso, logo concretizado como alcoolismo. A
associação é levemente mais comum em mulheres. Das analisadas, 56% apresentaram
doenças como depressão, bipolaridade e transtorno obsessivo-compulsivo. Entre os homens, o
percentual foi de 50,1%.
Pacientes
com depressão, por
exemplo, são mais propensos a atentar contra a própria vida. Entretanto, poucos
lugares contam com medidas de segurança para evitar tentativas de suicídio.
Outro
perfil de paciente: dependentes com esquizofrenia. A
droga pode modificar o padrão da doença, tornando um indivíduo pacífico mais
agressivo. O tratamento de dependentes químicos com doenças psíquicas
associadas pode levar mais tempo que o normal. Por ser mais complexo, o tempo
de internação pode até triplicar.
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